E porque ao ler isto me identifico.....
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Tomo a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
4 comentários:
Pois é gatxinha, já sabes como é a minha filosofia de vida quanto a estas situações... É tipo uma música dos Da Weasel que diz a páginas tantas "odiando como posso/ não posso encher a cabeça/ não há dinheiro nem vontade OU AMOR que o mereça...".
http://terrafria.blogspot.com/2008/05/sonetos-faa-voc-mesmo.html
Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe. E já sabes, qualquer coisinha, estou a uma miadela de distância. Inté!
Bom, poesia não faz muito o meu estilo mas 'tás muito lá.
Muito bom, mesmo.
Beijo grande
Mania que escreve bem o raio da miuda!
Mas escreves lindamenteeeee! :D
Gosto de ti gaja*****
Quem me dera escrever assim tão bem, ainda para mais poesia :P
Este poema é da autoria de Florbela Espanca!! :P
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