segunda-feira, maio 05, 2008

Lágrimas Ocultas

E porque ao ler isto me identifico.....
Se me ponho a cismar em outras eras Em que ri e cantei, em que era querida, Parece-me que foi noutras esferas, Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida, Que dantes tinha o rir das primaveras, Esbate as linhas graves e severas E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago... Tomo a brandura plácida dum lago O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma, Ninguém as vê brotar dentro da alma! Ninguém as vê cair dentro de mim!

4 comentários:

Daniel Conde disse...

Pois é gatxinha, já sabes como é a minha filosofia de vida quanto a estas situações... É tipo uma música dos Da Weasel que diz a páginas tantas "odiando como posso/ não posso encher a cabeça/ não há dinheiro nem vontade OU AMOR que o mereça...".

http://terrafria.blogspot.com/2008/05/sonetos-faa-voc-mesmo.html

Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe. E já sabes, qualquer coisinha, estou a uma miadela de distância. Inté!

Tony Mais ou Menos da Silva disse...

Bom, poesia não faz muito o meu estilo mas 'tás muito lá.
Muito bom, mesmo.
Beijo grande

DC disse...

Mania que escreve bem o raio da miuda!


Mas escreves lindamenteeeee! :D

Gosto de ti gaja*****

Odalisca disse...

Quem me dera escrever assim tão bem, ainda para mais poesia :P
Este poema é da autoria de Florbela Espanca!! :P